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Snyder Cut: o que o filme entrega? (sem spoiler)

Liga da Justiça – Snyder cut/ divulgação

Caro leitor, este texto ainda não é a nossa review, é mais um “o que esperar do filme”, aproveite a leitura, que não contém spoilers.

A primeira informação sobre o filme é que ele é o mesmo filme de Joss Whedon, com algumas coisas a mais – e com uns erros de roteiro corrigidos. Quando o filme acabar, a sensação é que fizeram um bom trabalho e todo o sentimento ou expectativa do começo do filme quase não existirá mais, afinal são 4 horas de filme, divididos em 6 partes e um epílogo.

E o filme abre com uma mensagem do diretor, Zack Snyder, e demora mais uns 10 minutos para começar de fato, essa parte é desanimadora para quem está no hype para o filme. E depois do filme começar, você se lembra que é um filme do Zack Snyder, durante os primeiros 50 minutos o filme é cheio de pequenos videoclipes, sempre que aparece um personagem importante ou um momento chamativo, uma trilha sonora específica surge e somos transportados para a MTV dos anos 2010, onde um videoclipe cinematográfico aparece e domina a tela (não chega a ser um spoiler, mas, o “videoclipe” do Aquaman é lindo).

E não é só de videoclipes que o Snyder Cut vive, as câmeras lentas estão lá, a assinatura de Snyder. Na primeira hora de filme, tem tanta cena em slow motion que fica cansativo, milagrosamente, esse recurso é deixado de lado no decorrer do filme, e quando retorna é em uma cena que faz sentido (como as cenas do Flash, onde o recurso do slow motion é justificado).

Finalizando a lista de “toques do Snyder”, temos os “tanquinhos”, parece que todo mundo tem uma barriga sarada, as amazonas poderiam ser personagens do filme 300 (filme dirigido por Snyder, 2006), e a trilha sonora das amazonas é muito chata, mão combina com o filme e não faz sentido para o espectador comum.  E é claro, os momentos messiânicos, assim como em O homem de aço (2013) e Batman vs Superman (2016), ambos dirigidos por Snyder, Liga da Justiça está cheia de momentos que flertam com o cristianismo, principalmente os momentos eu que o destaque é o Superman. Há uma cena no último ato, que gera até um desconforto, dada a forçação de barra em mostrar o homem de aço como um ser messiânico. E tudo isso deixa o filme com uma cara de filme ritualístico, boa parte do filme é um grande ritual. E essa característica divide espaço com a redenção, quase todo personagem tem um tipo de redenção – até mesmo o vilão (que está bem melhor que na versão de 2013, dessa vez o Lobo da Estepe está muito mais ameaçador).

E estas são as principais características do Snyder Cut, sem entrar na questão do enredo do filme, para evitar spoilers. Entretanto, temos que falar sobre Ray Fischer, o Cyborg. Como muita gente sabe Ray Fischer passou por problemas na produção do filme sob a direção de Whedon, e agora na versão de Snyder, o ator (e o personagem) se destacam muito, o desenvolvimento do Cyborg é satisfatório e ele serve para amarrar grande parte da trama. E talvez por causa de Fischer, o filme deixa de lado o protagonismo do Batman (como é na versão de Whedon) e leva o protagonista para a Liga, de modo que todos os personagens sejam significativos no filme – as vezes o Batman é secundário, como na luta final por exemplo.

Liga da Justiça – Snyder cut/ reprodução

E sem entramos em spoilers ou em uma análise técnica do filme, é isso que você encontrará em Liga da Justiça – Snyder Cut. O filme vale a pena, infelizmente as 4 horas de duração são cansativas, mas valem a pena; o retorno de Superman ainda é forçado e a presença do personagem é fundamental, mas o melhor é que dessa vez o personagem não é overpower como na versão de Whedon, ele é forte e isso está presente no filme (diferente da versão de 2013, que o personagem é forte e pronto, sem mais).

A experiência do Snyder Cut é diferente, não melhor, que a experiência ao assistir a versão de Whedon, o que por si só faz valer a pena ficar 4 horas assistindo ao filme, recomendamos assistir sem pausar, evitando transformar o filme em uma “minissérie”.

Liga da Justiça Snyder Cut está disponível para aluguel em diversas plataformas online, que você confere aqui.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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