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Crítica | Com “Rebel Moon 2”, Snyder esboça um futuro promissor

Rebel Moon Parte 2 abre caminho para uma nova saga galáctica comandada por Zack Snyder.
(Reprodução)

“Rebel Moon Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes” é uma exploração mais profunda do universo iniciado por Zack Snyder no primeiro filme da saga. Este segundo filme amplia a luta de Kora e seus aliados contra o opressivo Mundo Mãe, continuando a visão artística de Snyder e enriquecendo sua filmografia com uma narrativa mais complexa e matizada. Snyder utiliza este filme para aprofundar temas como resistência, sacrifício e o custo da liberdade, elementos recorrentes em seu trabalho mas apresentados aqui com um novo vigor e em um contexto galáctico expansivo​.

A trama de “A Marcadora de Cicatrizes” segue os esforços de Kora (Sofia Boutella) para unir as forças rebeldes e confrontar o regime tirânico de Balisarius (Fra Fee). A narrativa se aprofunda na complexidade das alianças e traições, enquanto explora o impacto pessoal da guerra nos envolvidos. Apesar do escopo grandioso, o filme de Snyder busca uma conexão mais íntima com seus personagens, embora ainda haja espaço para evolução em termos de desenvolvimento narrativo original e envolvente​.

As atuações seguem boas, com Sofia Boutella entregando uma performance intensa e carismática. Djimon Hounsou, como Titus, e Ed Skrein, como Atticus Noble, também trazem profundidade aos seus papéis. No entanto, alguns personagens secundários sofrem com a superficialidade, não alcançando o desenvolvimento necessário para uma conexão emocional plena, apesar dos esforços de Snyder para dramatizar suas jornadas​.

A direção de Snyder é única, especialmente na maneira como ele maneja as sequências de ação e o visual estilizado do filme. O uso estratégico de câmera lenta e a combinação de efeitos práticos e digitais criam cenas de batalha memoráveis, com destaque para a cena da colheita do grão, que utiliza de maneira sublime a técnica de slow motion para destacar um momento crucial da história​. A fotografia impecável, alinhada com um figurino muito bem produzido, aprofundam a imersão para esse universo. No entanto, a trilha sonora épica, em alguns momentos, pode se tornar um pouco excessiva.

 

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Zack Snyder continua a usar uma estética rica para dar vida aos temas do filme, explorando o dualismo entre o bem e o mal através de uma lente visualmente dramática. Este enfoque maniqueísta não só serve ao propósito narrativo, mas também adiciona uma camada de profundidade estética que é tanto provocativa quanto instrutiva, desafiando o público a refletir sobre os temas propostos.

Em “Rebel Moon Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes”, Zack Snyder não apenas continua a história iniciada no primeiro filme, mas também a eleva a novos patamares de expressão visual e narrativa. Recomendado para quem aprecia ficção científica com uma forte dose de ação e drama, este filme confirma o talento de Snyder para criar universos cinematográficos ricos e envolventes. Um verdadeiro deleite para os fãs de aventuras espaciais e uma adição valiosa ao repertório de Snyder.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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