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Crítica | “Godzilla e Kong 2” surpreende com evolução épica

"Godzilla vs Kong: O Novo Império" aprofunda a trama envolvendo os kaijus de forma envolvente.
(Reprodução)

“Godzilla e Kong: O Novo Império” emerge como um marco do cinema de kaijus, redefinindo a escala e o alcance emocional que filmes do gênero podem ter. O filme se destaca não apenas por seus protagonistas titânicos, mas pela maneira como eleva a narrativa a novos patamares, proporcionando uma jornada repleta de ação, emoção e reflexão sobre a existência destas criaturas magníficas e também, sobre a insignificância relativa da humanidade em seu grandioso universo.

Neste filme, a narrativa avança de maneira tranquila, atendendo as mínimas expectativas, mergulhando na essência e no lore dos kaijus, transformando-os em personagens com motivações e desafios complexos. É uma abordagem que cativa e envolve, ao mesmo tempo que evidencia uma falha notável: a representação superficial dos personagens humanos, cujas tramas parecem sem sentido e, em muitos momentos, dispensáveis. Essa característica lança uma luz sobre a pergunta: realmente precisamos dos humanos para sentir empatia e conexão com as verdadeiras estrelas do filme?

As atuações, apesar de servirem mais como um veículo expositivo para as emoções e narrativas dos kaijus, cumprem seu papel de forma competente. Atores como Kaylee Hottie, Rebecca Hall, Brian Tyree Henry e Dan Stevens trazem suas habilidades para transformar em palavras o que os gigantes não podem expressar, criando uma ponte necessária entre o público e as imponentes criaturas.

A direção de Adam Wingard merece destaque. Wingard conduz “Godzilla e Kong: O Novo Império” com uma visão clara e um domínio impressionante dos efeitos especiais, que evoluíram muito desde o último filme da franquia. A intensidade das batalhas, combinada com planos cinematográficos muito bem planejados, confere ao filme uma grandiosidade que é sentida em cada cena, causando um impacto profundo no espectador.

 

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Além da adrenalina, o filme oferece reflexões valiosas sobre a busca por um propósito e a necessidade intrínseca de pertencimento e inclusão. Esses temas ressoam tanto no plano dos kaijus quanto no humano, estabelecendo um paralelo emocionante entre as lutas dos monstros e as nossas próprias buscas por significado e conexão.

“Godzilla e Kong: O Novo Império” é uma obra imperdível para os aficionados pelo Monsterverse e também, para todos aqueles que apreciam ver criaturas colossais em embates monumentais. Uma experiência cinematográfica que transcende gêneros e gerações, “Godzilla e Kong: O Novo Império” é um lembrete espetacular de por que amamos ver monstros gigantes destruindo tudo em seu caminho.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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