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Crítica: A Freira 2 ★★☆☆☆ (2023)

(Reprodução)

Quando pensamos em “A Freira”, imediatamente nos lembramos do sucesso estrondoso de 2018, que conseguiu capturar a atenção do público com sua atmosfera sombria e uma trama envolvente. No entanto, sua sequência, “A Freira 2”, lançada recentemente, não conseguiu manter o mesmo nível de terror e suspense, resultando em uma produção que deixa muito a desejar.

O primeiro filme foi um sucesso e tanto, com uma narrativa que prendeu o público do início ao fim. Era de se esperar que “A Freira 2” aproveitasse o sucesso de seu antecessor e elevasse a franquia a novos patamares. Infelizmente, o que vemos é uma sequência que parece ter sido feita às pressas, sem a mesma profundidade e terror que caracterizou o primeiro filme.

A trama de “A Freira 2” é confusa e, em muitos momentos, parece desconexa. A tentativa de aprofundar a história da freira demoníaca e sua conexão com o convento não foi bem executada, tornando a narrativa arrastada e, em alguns momentos, até mesmo previsível. A tentatva do filme de fechar o arco que ficou aberto no antecessor acontece, mas é sofrível o preço que teve de ser pago para isso.

O elenco, que traz de volta Taissa Farmiga como Irmã Irene, parece deslocado em meio ao caos da narrativa sem propósito. A presença de personagens do primeiro filme, que deveria ser um ponto positivo, acaba se tornando mais um elemento forçado na trama. Os novos personagens também sofrem com o roteiro, aparecendo na trama apenas para dar um toque de novidade, se esforçando para esconder sua falta de objetividade.

A direção e a condução das cenas também deixam muito a desejar. Há momentos em que o filme acerta, como em algumas cenas de suspense, mas, no geral, as tentativas de assustar o público são previsíveis e não conseguem criar a atmosfera de terror esperada. O que é estranho, se levarmos em conta que o primeiro filme tem bons momentos de sustos que realmente nos pegam desprevinidos.

É impossível não comparar “A Freira 2” com outros filmes do universo de “Invocação do Mal”. Enquanto o primeiro filme da Freira soube aproveitar o melhor desse universo, a sequência parece perdida, sem saber exatamente a que público se destina. O filme até cria um gancho que conecta o caso da Freira com os Warren, mas isso fica para um próximo filme, que esperamos ser melhor do que este.

Em conclusão, “A Freira 2” é uma decepção para os fãs do primeiro filme e para aqueles que esperavam um terror à altura do universo de “Invocação do Mal”. Talvez seja melhor guardar seu dinheiro e esperar que o filme chegue aos serviços de streaming.

“A Freira 2” está em cartaz nos cinemas.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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