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Crítica: A Queda da Casa de Usher ★★★★☆ (2023)

(Reprodução)

O retorno do aclamado diretor Mike Flanagan em “A Queda da Casa de Usher” promete mais uma vez deliciar os aficionados por terror. Conhecido por suas narrativas intricadas e perspicazes, Flanagan não decepciona nesta nova empreitada. Cada quadro é uma amostra de sua audácia criativa e seu estilo característico que tem moldado o terror contemporâneo.

Esta série é uma carta de amor à Edgar Allan Poe. Flanagan mergulha profundamente na essência das obras de Poe, trazendo à vida uma narrativa que é tanto um tributo quanto uma reimaginação. “A Queda da Casa de Usher” é sem dúvida uma adição valiosa ao repertório de terror da Netflix, exibindo uma sinergia entre o antigo e o novo que ressoa bem com a audiência.

Ao longo dos episódios, a série orquestra uma dança macabra de desastres que assolam a família Usher, cada um uma releitura habilidosa dos poemas clássicos de Poe. A narrativa é construída de forma engenhosa, mantendo os espectadores colados à tela enquanto desvenda os segredos sombrios que assombram os Usher. O roteirista tece um tapeçaria rica que transforma os poemas de Poe em episódios arrepiantes, cada um uma peça de um quebra-cabeça maior que é a tragédia dos Usher​.

O elenco estelar, liderado por Bruce Greenwood como Roderick Usher, apresenta performances que são nada menos que extraordinárias. Cada personagem é explorado com profundidade, com uma menção especial para a interpretação de Greenwood que captura a desolação e a determinação de um patriarca enfrentando o abismo. A química entre os personagens é palpável, cada um contribuindo para o clima sombrio e misterioso que permeia a série​. Outra atuação digna de mencionar é a de Mark Hamill como Arthur Pym, com uma performance notável, entregando tudo que os anos de experiência do ator podem proporcionar.

A estética da série é um personagem por si só. A direção habilidosa capta a essência do horror gótico, cada enquadramento uma pincelada de medo e desespero. As escolhas visuais, desde o design de produção até a cinematografia, são meticulosas e contribuem para a atmosfera opressora que define a série. Flanagan, com seu toque distintivo, eleva a experiência a um novo patamar, fazendo de “A Queda da Casa de Usher” uma obra visualmente arrebatadora​.

Com “A Queda da Casa de Usher”, Mike Flanagan mostra uma evolução notável em sua abordagem ao terror. Suas assinaturas estilísticas estão mais refinadas, proporcionando uma experiência que é ao mesmo tempo familiar e nova. Flanagan continua a elevar o padrão, mostrando um amadurecimento em sua visão que ressoa bem com a audiência e a crítica, como evidenciado pela alta pontuação no Rotten Tomatoes​.

“A Queda da Casa de Usher” é uma adição valiosa ao gênero de terror e uma prova do talento de Mike Flanagan. Com uma narrativa envolvente, atuações sólidas e uma estética visual impecável, esta série é definitivamente uma que os amantes do terror não vão querer perder.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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