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Crítica: Exército dos Mortos – ★★★☆☆ (2021)

(Divulgação)

Zack Snyder está de volta as suas raízes com Exército dos Mortos, sua próxima aposta na Netflix, após Liga da Justiça Snyder Cut, sucesso entre os fãs e nem tanto entre os executivos da Warner.

A história do filme é simples, um homem poderoso chamado Bly Tanaka (Hiroyuki Sanada) propõe a Scott Ward (Dave Bautista), ex heroi da guerra zumbi que decidiu fritar uns hambúrgueres, uma missão praticamente suicida de se infiltra em uma zona de quarentena em Las Vegas repleta de zumbis, ferozes e sedentos por carne humana, para recuperar uma quantia de U$ 200 milhões. O dinheiro está lacrado em um cofre de um cassino na cidade e a missão deve ser concluída antes que o governo jogue a bomba para destruir totalmente a cidade para eliminar a ameaça zumbi em 32 horas.

Scott age motivado pela esperança do pagamento e de poder ter uma vida tranquila após concluir a missão, ao lado de sua filha, com quem também planeja reatar os laços. para completar a missão Ward reúne um time de especialistas para ajuda-lo.

As coisas se complicam quando sua filha decide ir junto na missão para resgatar uma mãe que está desaparecida na cidade. Ao chegarem no local da missão, eles descobrem que as coisas podem ser ainda piores, quando são informados da existência de zumbis diferenciados, mais rápidos e fortes do que os outros, conhecidos como alfas.

O plot é simples, mas o que garante um bom andamento da história é a química entre os personagens, que acaba por entregar momentos engraçados e divertidos, mesmo em uma situação como essa. Cada personagem conta com seu próprio momento de glória, com cenas épicas de ação e tiroteio. A dinâmica do time funcionou muito bem, pois além dos zumbis, os integrantes devem lidar com as desconfianças que tem um nos outros para saírem vivos de lá, o que torna o andamento da história mais interessante.

A nova abordagem de zumbis proposta por Zack Snyder acaba que se tornando algo interessante ao mesmo tempo que inovadora (em certos aspectos). Os zumbis não são apenas lerdos e burros, como estamos acostumados na maioria dos filmes que tratam do assunto, mas existem alguns que são capazes de lutar, desviar de balar com sua velocidade e até mesmo se organizar, como um verdadeiro Exército dos Mortos.

Como de costume, o filme é mais longo do que deveria ser, mas isso não é estranho para quem acompanha os filmes de Zack Snyder. O diretor insiste em utilizar de mecanismos que atrasam a narrativa para focar em desenvolvimento estético das cenas, como a pirotecnia e o abuso de slowmotions.  O abuso desses efeitos torna o filme cansativo e com aquele ar de “já acabou?”.

A melhor maneira de descrever Exército do Mortos é dizendo que se trata de um filme de Zack Snyder, portanto, se deve esperar do filme aquilo que sabemos que o diretor aprecia utilizar: músicas, clipes, câmera lenta e muitas explosões.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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