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Crítica: Godzilla – Singular Point – ★★★★★ (2021)

Godzilla: Singular Point - Anime já tem data de estreia
Divulgação

Godzilla marcou o ano de 2021 como longa Godzilla vs Kong, mas esse não foi o único momento de brilho do lagartão nipônico. O anime Godzilla – Singular Point, dos estúdios Bones e Orange, foi outro momento de brilhantismo do universo de Godzilla (já que o lagartão não foi o único destaque).

Num total de 13 episódios, lançados antes pela Tokio MX  e outras plataformas no dia 1 de abril e chegando à Netflix no dia 24 de junho, o anime se passa em 2030 e acompanhamos Yun Arikawa e Mei Kamino, que se encontram por acaso em meio a um repentino aparecimento de monstros gigantes e uma estranha poeira vermelha. Logo no primeiro episódio um Rodan aparece e, nos eventos seguintes, o mecha Jet Jaguar enfrenta o pterodonte em uma batalha que lembra um tokusatsu. E se o primeiro episódio é fundamental para prender o espectador, Godzilla – Singular Point, chega com o pé direito, as cenas são fluídas, a dublagem é agradável (tanto japonês, quanto português).

E depois de um primeiro episódio que serve para abrir um leque de perguntas, os outros episódios são sempre cheios de ação e/ou explicação, algumas vezes essas explicações se perdem no meio do episódio, o estilo “piscou-perdeu”. E isso não é um problema, já que nos últimos eps. a série faz questão de re-explicar algumas coisas e adicionar informações novas, assim o espectador termina a temporada entendendo tudo.

E até metade da temporada, nada de Godzilla, outras criaturas e o mecha dominam a cena. Quando o lagartão chega, ele mostra o quão poderoso é, com um design que mira os Godzillas dos anos 70, seu poder não se limita ao raio que sai da sua boca, ele lança uma espécie de baforada anelar que derrota um dos monstros com um acerto, o famoso “hit-kill”. Com um poder que interage com a poeira vermelha, Godzilla é o mais fortes dos kaijus que aparecem na temporada.

Definitivamente a estrela aqui é o universo, a poeira vermelha faz parte do chamado Ponto Singular, uma espécie de anomalia do espaço-tempo que se relaciona com os kaijus e uma música muito específica – não falarei qual a relação do Ponto Singular com a música para não dar spoiler do anime.

Os pontos positivos do anime ficam por conta das referências aos filmes do Godzilla, com referência que vão do primeiro filme ao Godzilla – Rei dos Monstros. A animação fluída e a dublagem são peças-chaves para prender o espectador, o anime tem momentos de humor, ação, tensão e muita ficção científica, indicado para os fãs de Interestelar e Cosmos, pela quantidade de explicação de conceitos da física e física quântica. Os pontos negativos vão para os episódios arrastados, principalmente os 5 e 6, e para a explicação confusa do que é o Ponto Singular (que é explicado melhor só no final da temporada).

Godzilla – Singular Point está disponível na Netflix com a primeira temporada completa. Ainda em 2021, os DVDse e bonecos colecionais serão lançados.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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