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Crítica: Interceptor ★★☆☆☆ (2022)

(Reprodução)

O mais recente lançamento da Netflix Interceptor tem um proposta até que interessante, nos apresentando uma visão de um tipo de base militar não tão comum de se ver por ai. Mas na parte da trama, comete alguns vacilos que acabam custando caro para o resultado final.

Mas há acertos na parte da ação, não podemos reclamar. São cenas de luta bem realizadas, com coreografias naturais. O tiroteio também é bem dosado e consegue entreter. O filme além de toda ação, também elabora uma mensagem sobre violência contra a mulher, que funciona bem na maior parte do tempo e consegue compensar certos deslizes.

A história de Interceptor é simples: no começo do filme são introduzidas duas bases militares que tem como missão interceptar mísseis inimigos para proteger os Estados Unidos. Uma dessas bases, que fica em solo, é violentamente tomada por forças inimigas, enquanto a segunda, qu fica em alto mar, também irá sofrer com um ataque coordenado. Um ponto interessante de se notar é que os inimigos são Russos. Um filme bem pontual de se lançar nesse momento, certamente.

Com a ameaça iminente na base em alto mar, uma capitã do exército é forçada a usar o seu treinamento e experiência militar para impedir a ameaça de destruir a base. O objetivo dos terroristas é lançar 16 mísseis nucleares nos Estados Unidos. O desenvolvimento da trama é um pouco cansativo e repetitivo em alguns momentos, e em outros também, o que dispersa bastante a atenção por parecer que já vimos a mesma cena diversas vezes. Talvez o ponto positivo do roteiro seja ter elaborado um mensagem sobre violência contra a mulher e colocado um protagonista casca grossa para lidar com os problemas.

As atuações e personagens do filme não tem nada de inovador ou de notável. Os personagens reproduzem aqueles esteriótipos básicos de filmes de guerra ou de personagens militares sem graça. Os diálogos parecem todos robotizados e sem emoção. Talvez o único persoangem carismático da trama seja Chris Hemsworth, que aparece em alguns momentos torcendo pela vitória americana enquanto assiste a transmissão ao vivo do ataque à base militar. A protagonista J.J. Collins é interpretada por Elsa Pataky, que entregou uma boa persoangem, com boa motivação para se superar, mas que ainda sofre com alguns esteriótipos clichês de personagens militares sem graça.

Visualmente o filme entrega um bom resultado, os efeitos são interessantes. A ambientação é bem básica, os personagens ficam em um mesmo cenário a maior parte do tempo. O destaque fica para a ação desenfreada do filme, que foi bem realizada, com boas lutas, coreografadas de forma bem natural. A direção de Matthew Reilly foi bem acertada nesses pontos e entregou um bom resultado na ação, só falhando em construir um tensão na hora de conduzir os diálogos e explorar as motivações dos persoangens.

Interceptor é um filme mediano, que explora o conflito entre Estados Unidos e Rússia de forma bem patriótica. A história do filme comete vários deslizes e deixa bastante a desejar. As atuações são esquecíveis e bem clichês, algo comum em filmes desse gênero, mas que poderiam ter sido um pouco mais bem exploradas. Mas não há do que reclamar da ação do filme, tudo foi desenvolvido de forma bem satisfatória, o que pode agradar quem curte um pancadaria bem coreografada. Interceptor é um filme básico, sem nada de mais, que pode te divertir ao mesmo tempo que também pode te matar de tédio.

Interceptor está disponível na Netflix.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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