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Crítica: O Diabo em Ohio ★★★★☆ (2022)

(Reprodução)

Com uma proposta envolvente sobre violência doméstica, a nova série de drama e suspense da Netflix consegue mesclar a esse tema uma trama sombria e sinistra de uma seita demoniaca que acontece em um condado recluso. O Diabo em Ohio tem um clima pesado desde o seu primeiro momento, e não só mantém, como também acrescenta elementos imersivos que me deixaram bem surpreso e envolvido com a narrativa até o final.

Trabalhar a violência doméstica é sempre um desafio intenso, ainda mais sabendo que esse problema atinge muitas pessoas na realidade, o que acaba por ser um tema delicado. Mas a série não só consegue conduzir bem essa trama, como acrescenta o elemento sobrenatural como forma de deixar tudo ainda mais macabro e tenebroso. O resultado é impressionante!

Na trama da série, acompanhamos Dra. Suzanne Mathis (Emily Deschanel), uma psiquiatra que trabalha em uma clínica para jovens que sofreram algum tipo de trauma. A vida de Suzanne vira de cabeça para baixo quando chega uma nova paciente na clínica, Mae (Madeleine Arthur), que sofreu casos de abuso e conseguiu fugir do local após anos de sofrimento. A doutora logo se solidariza com o trauma da jovem e decide fazer de tudo para ajudá-la, mas o que não sabia era que havia algo muito mais sinistro no caso da jovem do que apenas um caso de violência doméstica. Após perceber os estranhos comportamentos de Mae, Suzanne se convence de que a jovem está escondendo segredos muito mais sombrios do que aparenta.

A forma como a série conduz essa narrativa do mistério é gratificante, não se extendendo sem necessidade, indo direto ao ponto, na medida certa de um supense, o que prendeu minha atenção do começo ao fim. Em cada episódio da série o clima de tensõa vai subindo gradualmente, o que garante uma atmosfera de mistério bem envolvente.

No elenco temos personagens bem diversificados, que conseguem se complementar, sem parecer que foram colocados ali sem nenhum propósito. Tudo acontece por um motivo. A atuação da família de Suzanne é bem interessante e reagiu de forma bem verídica a toda a situação da trama. O investigador da policia, Detetive Lopez (Gerardo Celasco) também entrega uma atuação bem envolvente, graças a sua vontade de descobrir o que se passa nesse condado sombrio. De forma geral, as atuações da série são bem dosadas, com personagens que são interessantes e tem participações chave para a construção dos mistérios da trama.

O conceito de abordar o tema da violência doméstica utilizando uma seita maligna para retratar as mais diversas faces desse absurdo é extremamente certeiro, e proporciona o ambiente de terror perfeito para quem curte o gênero. A cada episódio que os mistérios vão sendo revelados aos poucos, vamos ficando cada vez mais envolvidos com a narrativa. Esse é sem dúvida o ponto forte da série.

O Diabo em Ohio me surpreendeu muito positivamente, me deixando envolvido com cada episódio, o que acabou fazendo com que a maratona fosse inevitável. A trama é interessante e nos prende do começo ao fim, além de contar com um final que nos deixa ainda mais tensos do que no início. As atuações são ótimas e passam uma sensação bem veridica com tudo que está acontecendo. A prospota da série e a forma como ela é desenvolvida é sem dúvida o seu ápice. Se você curte o gênero de suspense e drama, com certeza irá se surpreender com essa série.

O Diabo em Ohio está disponível na Netflix.

https://www.youtube.com/watch?v=sboFLmeD-9M&t=45s

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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