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Crítica: Sobrenatural: A Porta Vermelha ★★★☆☆ (2023)

(Reprodução)

“Sobrenatural: A Porta Vermelha” é uma adição interessante à série de filmes Sobrenatural, que tem assombrado os fãs de terror desde 2010. Este novo capítulo se destaca por se desviar do caminho tradicionalmente trilhado pela franquia, introduzindo uma trama que, embora familiar, é apresentada de uma maneira diferente.

A trama do filme é uma reviravolta interessante em relação aos seus predecessores. Em vez de focar estritamente no sobrenatural, o filme opta por uma abordagem mais metafórica, explorando a relação entre pai e filho. No entanto, essa abordagem é um tanto “quadrada”, com a metáfora sendo apresentada de forma muito direta e sem muita sutileza. Ainda assim, é uma tentativa louvável de trazer uma nova dimensão à série.

No que diz respeito às atuações, Ty Simpkins e Patrick Wilson realmente se destacam. Eles interpretam um pai e filho que precisam enfrentar seus problemas e superar traumas do passado para pôr fim ao terror que os assombra. Simpkins, em particular, mostra uma maturidade impressionante em sua atuação, trazendo uma profundidade emocional que é essencial para o desenvolvimento de seu personagem.

Wilson, por sua vez, continua a entregar uma performance sólida, como tem feito ao longo da franquia. A química entre os dois é palpável, e eles fazem um excelente trabalho ao retratar a tensão e o amor complicado que muitas vezes existem nas relações entre pai e filho.

Quanto à direção e produção, “A Porta Vermelha” mantém a estética sombria e a atmosfera tensa que são características da franquia. No entanto, as técnicas usadas neste filme são um pouco diferentes das anteriores. Há uma tentativa clara de inovar, mas a execução nem sempre é bem-sucedida.

Infelizmente, um dos pontos fracos do filme é a subutilização dos elementos de terror. A franquia Sobrenatural é conhecida por seus sustos eficazes e seu terror psicológico profundo, mas “A Porta Vermelha” parece ter esquecido um pouco disso. O terror é mais sugerido do que realmente mostrado, o que deixa um pouco a desejar para os fãs da série.

Apesar dessas críticas, “Sobrenatural: A Porta Vermelha” ainda é um filme que vale a pena assistir. Embora não seja perfeito, ele oferece uma nova perspectiva sobre a franquia e tenta algo novo, o que é sempre interessante de conferir. Recomendo moderadamente este filme para os fãs da franquia e para aqueles que estão interessados em uma abordagem diferente do terror.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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