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Crítica: That’ 90s Show – 1ª Temporada ★★★☆☆ (2023)

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A “continuação” ou “sequel” da série dos anos 90, That’s 70s show, chegou com muito alarde na Netflix. Desde seus primeiros anúncios, levantou o hype dos fãs da série original, mas não entrega tanta autenticidade ou diversão, e ao mesmo tempo, não se esforça para ser um bait de nostalgia.

Fazendo jus a série original, os personagens são certos estereótipos que se espera de uma sitcom, um personagem “rostinho bonito”, um alívio cômico, a inteligente, e por ai vai. E essa fórmula (utilizada na série original) funciona muito bem, sendo, talvez, o maior elo entre as séries. Fora isso, temos as participações especiais dos personagens da série original, com exceção de Danny Masterson, envolvido em um caso de abuso sexual, que simplesmente nem é mencionado na série (assim como a irmã de Eric, interpretada por Lisa Robin Kelly, que se envolveu com drogas e faleceu há alguns anos).

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A nova protagonista, Leia (Callie Haverda), é uma mistura perfeita dos personagens Eric e Donna. Quem assistiu a série original vai perceber características do pai e da mãe na personagem, o que pode ser uma piada a mais para uns. Outro que é descendente do grupo original é Jay Kelso (Mace Coronel), filho de Kelso e Jackie (Ashton Kutcher e Mila Kunis). Além disso, novos personagens foram introduzidos como Gwen Runck (Ashley Aufderheide), Ozzie (Reyn Doi), Nate Runck (Maxwell Acee Donovan) e Nikki (Sam Morelos). 

A série acompanha Leia passando as férias de verão na casa dos avós Forman, Red e Kitty Forman (Kurtwood Smith e Debra Jo Rupp), os pais de Eric na série original. E, que de longe, são os melhores personagens da série. Além do casal Forman, outros personagens aparecem, com destaque para FEZ (Wilmer Valderrama), que ganha um papel mais relevante na série.

Sem querer copiar a série original ou ser um “Stranger Things” dos anos 90, a série não se preocupa em referenciar os anos 90 ou That’s 70s show o tempo todo, o foco nos novos personagens e em seu desenvolvimento é perceptível, tendo até um drama adiantado na série, que é a preocupação com o futuro, algo que caberia em próximas temporadas. Como quando Nikki fica se questionando sobre seu futuro, a faculdade e esse tipo de coisa, algo muito “jogado” nessa primeira temporada.

As referências estão lá, as homenagens, as participações espececiais e até tramas muito próximas de That’s 70s show, mas a nova série se parece mais com uma série da Nickelodeon dos anos 2000, do que com That’s 70s show (e isso não é ruim). Com episódios de meia hora, That’s 90s show é uma boa série para se ver na hora do almoço, sem questionamentos subjetivos ou que provoquem grandes reflexões, mas, também, sem grandes momentos memoráveis.

https://www.youtube.com/watch?v=F36HBFGxWkg

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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