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Crítica: The Boys – 3ª Temporada ★★★☆☆ (2022)

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Com uma temporada sangrenta e cheia de absurdos, The Boys, termina seu terceiro ano com um cliffhanger gigantesco e muita, mas muita coisa que deve ser respondida.

Antes de mais nada, é válido lembrar que a série é uma adaptação dos quadrinhos e, como adaptação, ela adapta muita coisa, desde personagens a eventos marcantes nas HQs. Obviamente, nesta temporada o grande chamariz fo o Herogasm, a Super-suruba, algo que não chegou perto do prometido, sendo um dos momentos mais toscos  da temporada, com momentos exageradamente apelativos e com pouco a agregar para a série. Entretanto, esse episódio tem o melhor momento da série, junto com o segundo melhor momento da série. 

As dosagens entre ação, comédia e drama, foram desbalanceadas, principalmente na comédia, que atingiu um nível desproporcional até para The Boys, com destaques, negativos, para o Herogasm e para as alucinações do Black Noir. Sâo momentos chatos e apelando para um humor que não é divertido, não é atraente e é infantilóide. 

Por outro lado, o drama e a ação são os pontos fortes da temoprada, a trama envolvendo a Victória Neuman (Claudia Doumit) é digna de uma série política, Neuman está cada vez mais ambiciosa e certeira. Trem Bala (Jessie Usher) é outro personagem que carrega uma dramaticidade convincente, protagonizando dois ótimos momentos, um envolvendo seu irmão e o combate ao racismo e outro momento, durante o Herogasm, quando ele faz justiça com as próprias mãos, a segunda melhor cena da temporada. 

A grande jogada da série foi adicionar o composto V para os Rapazes. Bruto (Karl Urban) finalmente faz uso do composto para enfrentar os heroís, protagonizando a melhor cena da temporada, quando Bruto, Hugie (Jack Quaid) e Soldier Boy (Jensen Ackles) enfrentam o Capitão Pátria durante os eventos da Super-suruba.

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Soldier-Boy foi uma boa adição, mas ficou claro, desde o início, que o personagem seria o “vilão” da temporada. A decisão do roteiro em dar ao personagem um arco relevante e com uma forte ligação com o Capitão Pátria foi ruim e forçado, mas a personalidade e as cenas de ação que envolveram o personagem são bons momentos de se acompanhar. Contudo, o personagem tem um final ruim e repete a fórmula da Tempesta, ele chega, tem uma ligação forte com o Capitão Pátria e serve de trampolim para as insanidades do líder dos 7.

A terceira temporada acerta pouco, descarta bons momentos e abre um leque de possibiliades ridículo, se comparado aos quadrinhos. Os próximos eventos deverão ser adaptações do arco do Golpe de Estado, mas os rumos da série empoderaram muitos personagens e enfraqueceram outros. Com algumas despedidas, essa temporada desperdiçou potencial, desenvolveu personagem que não precisava de desenvolvimento e deixou tudo jogado pelos ares.

The Boys é a mesma coisa desde a primeira temporada, mas com a sensação de que cada temporada as redes sociais influenciam mais e mais os eventos absurdos, enquanto as tramas sérias escalam para um lugar com pouco sentido, plantando uma sementinha de Game of thrones, que depois de uma grande jornada, cheia de expectativas, entregou um final ruim e incoerente.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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