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Primeiras Impressões: Naomi – ★★★☆☆ (2022)

(Reprodução)

Alimentando a crescente onda do mercado de super-heróis, a HBO Max lançou mais uma de suas apostas do gênero na plataforma, Naomi. O lançamento já contou com dois episódios. Você deve estar se perguntando: mais uma série gênerica de super-heróis? Pois é, a personagem da DC não é tão antiga, sua criação data em 2019, e seu criador é ninguém menos do que Brian Michael Bendis, um dos nomes envolvidos em histórias como Fabulosos X-Men e Novissímos X-Men na Marvel, além de também ter participado de projetos na DC, resgatando os Super Gêmeos e também ter trabalhado na Justiça Jovem. Ou seja, sua história veio das mãos de uma pessoa com experiência para entregar um bom resultado. E nestes dois episódios lançados, é possível ter uma ideia do que podemos esperar.

Na história acompanhamos a vida de Naomi McDuffie, uma adolescente comum que vive com seus pais amigáveis em uma pequena cidade do interior. A jovem possui um círculo de amizades e também é fã do Superman, inclusive sendo a dona de um site interamente focado no herói, porém, pelo que vemos nesta realidade, as pessoas não acreditam que ele seja real. Entretanto, após um acontecimento envolvendo a aparição repentina de um desconhecido usando um traje parecido com o Superman e lutando contra alguém, fez com que a vida da jovem mudasse para sempre. Ela começa a ter estranhas sensações e passa a procurar saber as relações delas com os estranhos acontecimentos ufológicos que já aconteceram na cidade, tudo a fim de desvendar o mistério. O óbvio acontece, e a garota descobre que possui poderes inimagináveis e que tudo que ela jamais pensou ser real pode, na verdade, ser mais real do que parece. A trama dos primeiros episódios segue explorando sua origem e de como ela lida com isso junto de seus amigos e familiares, além de novos conhecidos que a irão ajudar nessa nova jornada, inclusive os perigos que ela pode correr. Embora não traga nenhuma novidade, a história é consistente e consegue se desenvolver de forma agradável, sem grandes surpresas por enquanto.

Os personagens da série apresentados neste começo são interessantes, embora todos bem típicos do gênero. Seus pais são um casal atencioso, que está sempre ajudando sua filha nos momentos necessários, mas que parecem saber mais do que contam. Os amigos de Naomi são um grupo bem diversficado, mostrando que existe um interesse amoroso de alguns de seus amigos pela protagonista, que está sempre se esquivando dessas situações, a fim de não magoá-los e mantê-los sempre por perto. Os atores estão bem em seus personagens e são os clássicos jovens divertidos das séries, ao menos nesse começo, até que algo aconteça e mude tudo. A protagonista Naomi é interpretada por Kaci Walfall, que está muito bem no papel, conseguindo criar uma performance cativante. As atuações de forma geral funcionaram bem nesta introdução, agora resta aguardar os outros episódios para ver o desenvolvimento dos personagens.

Com relação aos efeitos visuais, tudo está bem ok para um série do gênero. De início não há uma utilização muito significativa de efeitos especiais, por isso é dificil prever o que pode estar por vir, mas com base no que vimos nestes primeiros episódios, está dentro do padrão. Somos apresentados a um personagem com asas metálicas e os efeitos estavam muito bons. Os cortes também estão agradáveis, embora tudo seja feito em cenário, há um bom aproveitamento disso e da maneira como a câmera focaliza os personagens, deixando esse detalhe quase que imperceptível.

Naomi é uma série simples, mas divertida, que surfa na onda de produções de super-heróis. O protagonismo negro também deve ser mencionado como um ponto interessante para a série, pois ele faz avançar a democratização desta prática, alcançando um público mais abrangente e dando voz a comunidades distintas. De começo Naomi parece ser bem promissora, resta agora aguardar pelo desevolvimento ao longo de seu lançamento, que será semanal na plataforma. Naomi está disponível na HBO Max com dois episódisos (no dia deste texto) de 45 a 50 minutos.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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