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Análise: A Memoir Blue ★★★☆☆ (2022)

(Reprodução)

Prepare-se para embarcar em uma viagem para as profundezas da mente, através dos laços da memória. A Memoir Blue é jogo muito profundo e comovente, capaz de trazer a tona diversas emoções. A história do jogo é um poema interativo, onde vamos realizando ações conforme nossa protagonista encontra desafios pelo caminho. A personagem, Miriam, é uma atleta de sucesso, mas que mesmo com todos os prêmios que conquistou, sente como se houvesse um vazio. A narrativa seguirá nos trazendo elementos da relação entre mãe e filha, revelando lembranças do passado da personagem. A Memoir Blue foi produzido pela Cloister Interactive.

O jogo toma boas decisões na narrativa, em grande parte há muita leveza na forma de conduzir a personagem pelos acontecimentos. A história é bem simples na verdade, há outros games que trazem propostas semelhantes, no entanto, ela é bem conduzida, apresentando elementos agradáveis e que combinam com a trama. A história começa com a protagonista tendo um momento em que se volta completamente para o subjetivo, mergulhando em suas lembranças. Desta forma iremos acompanhá-la pelo trajeto, em que vai resgatando as lembranças de sua infância com sua mãe. Nossa ação na maior parte do trajeto será resolver alguns puzzles simples, mas que servem mais para haver uma interação com a narrativa. Mesmo com uma ideia simples de narrativa, a trama do jogo não deixa de ser boa e atrativa para quem quer relaxar e curtir algo diferente.

A jogabilidade está voltada completamente para a solução de puzzles, como interações com o cenários de forma geral. Não há nada de muito inovador ou interessante neste ponto, mas se observamos a forma como essa mecânica é utilizada, o jogo passa a ter seu mérito, que soube produzir e fazer bom uso das ferramentas do gênero, entregando uma jogabilidade simples e agradável, sem grandes desafios.

O ponto forte com certeza é o design gráfico de A Memoir Blue, que toma decisões artísticas muito boas, fazendo do visual sua parte mais intrigante. A escolha de mesclar elementos 3D com desenhos feitos a mão é ótima, e funciona perfeitamente para o jogo. Não há uma saturação do estilo, nem mesmo do 3D, os elementos apresentados são harmônicos, a técnica de desenho a mão é usada de forma muito sutil e interessante. O uso das cores para transmitir as emções das parte é muito bem utilizada, criando uma sensação muito agradável. Outro ponto interessante é a trilha sonora, que tem um ritmo perfeito, que combina com a obra como um todo.

O estilo melancólico que o jogo tem é bem marcante, podemos notar na expressão da personagem, em seu design, nos ambientes de forma geral, nas escolhas estéticas das cores, que criam um ambiente triste. Esses elementos artísticos foram muito bem introduzidos no jogo, sem deixá-lo carregado de certa forma. A mensagem de saudade, de nostalgia, retorno a casa, a dor, é bem elaborada e transposta através desta produção.

A Memoir Blue é um bom jogo, tem uma narrativa imersiva e dramática, que irá colocá-lo para viajar pela mente humana, através da saudade. O jogo cumpre bem seu objetivo de passar uma mensagem e ser captada pelo jogador, através de sua simplicidade  e beleza na parte visual cativante. Se você curte jogos puzzles focados em narrativa, essa pode ser uma boa opção, além de que, se você é assinante do Xbox Game Pass, o jogo já está disponível para você e pode render 1000g com tranquilidade. A Memoir Blue está disponível para consoles e PC.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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